Reflexões sobre a Hacktown 2024: um encontro com tecnologias ancestrais

Reflexões Sobre o HackTown 2024: Um Encontro de Tecnologia e Tradição

O HackTown 2024 foi uma experiência verdadeiramente transformadora, que transcendeu o âmbito das tecnologias emergentes e mergulhou nas profundezas da tradição e da cultura. Para mim, um dos momentos mais marcantes foi a abertura do evento, que começou com o acendimento do Fogo Sagrado. O ritual foi conduzido pelo grupo Sol da Manhã e contou com a participação especial de Maria Agraciada, uma indígena tupinambá do Instituto Etno, com quem tenho a honra de conviver no dia a dia. Na abertura, Maria nos convidou a reconhecer e nos conectar com a maior tecnologia existente: o AMOR!

O Fogo Sagrado não foi apenas um símbolo de inauguração; ele se tornou o coração pulsante do HackTown. A fogueira permaneceu acesa durante todo o evento, servindo como um espaço de encontro e celebração, refletindo os primórdios da humanidade.

Quer sentir um pouco da emoção da abertura veja a cobertura realizada pelo Receitas pra ser Feliz!

Além disso, na cerimônia de abertura, honraram-se os quatro ventos: norte, sul, leste e oeste. Perceber e se orientar pelo vento é um conhecimento ancestral profundo que também está representado na segunda fase do Jogo da Colaboração, através da roda de cura. Sincronicamente, ou não, logo em seguida tivemos uma linda roda de conversa com a temática do Tempo Ancestral. Exibimos um vídeo sobre o Vento, que trouxe à tona o diálogo sobre as potencialidades da natureza, o tempo das coisas, o instante em que produzir é curar, e as formas de sentir o tempo baseadas nos conhecimentos dos povos originários e no conceito de Bem Viver.

Momento do lançamento da segunda fase do Jogo da Colaboração – Órbita de Quíron. Esta fase foi construída a partir da minha vivência no Instituto Etno, em uma aldeia que se baseia na metodologia do dia a dia, no conceito de Bem Viver, na sabedoria do universo e dos povos originários, e na reconexão com a integralidade de nossos seres.

Facilitação grafíca: Márcio Reiff

Essa experiência se encerrou com um canto indígena e um grande abraço coletivo, promovendo a nutrição do amor e da nossa conexão, reconectando-nos enquanto comunidade: COMUM UNIDADE!

Para fechar o primeiro dia do evento, ainda tivemos o cerimonial da água e um ritual indígena, onde todos, coletivamente, abençoamos a água que foi servida e disponibilizada durante todo o evento.


O meu segundo dia da Hacktown começou com uma palestra inspiradora de Bruno Freitas, intitulada “A Interseção entre Confiança e Governança: Uma Estratégia de Impacto e Transformação – Consenso é um Mito.” Nesta apresentação, Bruno explorou como a confiança mútua e a dinâmica de poder desempenham papéis cruciais nas decisões e na governança dentro das organizações.

Ele abordou a importância de fortalecer a confiança, melhorar a transparência e criar ambientes colaborativos, destacando que o consenso muitas vezes é um ideal inatingível. O que mais me impactou, porém, foi como ele conseguiu construir, de forma rápida e simples, uma prática colaborativa de confiança. Bruno sugeriu que conversássemos com algumas pessoas por meio de escuta ativa e que nos comprometêssemos a oferecer apoio mútuo. Foi incrível!

O segundo dia do evento contou com a presença da Plataforma Caleidoscópio representados por Simone Catalan, Alberto Martins, Daisy Klein e Maria Clara Lopes. Apresentamos o Brota, uma mentoria coletiva inovadora focada em cultivar negócios com valor voltado para o bem-estar e a sustentabilidade. Com uma taxa de aprovação superior a 90%, o Brota já gerou 10 MVPs (Produtos Mínimos Viáveis) voltados ao cuidado com o planeta. Baseada em ciclos naturais e na metodologia Fluxonomia 4D, a mentoria proporcionou um ambiente fértil para experimentação colaborativa e fortalecimento das ideias dos participantes. O dia foi repleto de insights valiosos e destacou o compromisso com um futuro mais sustentável e consciente. Confira alguns por meio da Facilitação Gráfica de Márcio Reiff.

Tivemos alguns questionamentos que nortearam este momento:

Como precificar e elaborar estratégias de conexão e articulação com base nesses novos parâmetros?

Como seria se, ao invés de acelerarmos os negócios, buscássemos um crescimento mais orgânico?

Como seria se respeitássemos os ritmos naturais dos envolvidos e o tempo de maturação dos produtos e serviços?

Como construir negócios ou transições de carreira a partir das nossas essências e sonhos?

Como estruturar um negócio coerente que ofereça sustentabilidade de forma ampliada, partindo da nossa essência?

Como comunicar sem criar dinâmicas de escassez ou utilizar gatilhos mentais?

Como ter coragem para seguir por esse caminho?

Quer saber mais sobre quais respostas estamos encontrando para essas questões? Chame para uma conversa!

Após esse momento, decidi também respeitar o meu ritmo e fui assistir ao pôr do sol ao lado de um saxofonista, acompanhando a revoada dos pássaros.


O terceiro dia foi um momento de conexão com parceiros e construção de novos contatos. Começou com a palestra de Thiago Freire sobre mudança e terminou com a apresentação da grande amiga Ana Borba, que trouxe novos olhares sobre os resíduos. O nosso querido Márcio Reiff também sistematizou lindamente essas ideias com seus desenhos.

Nesse dia, tive a honra de assistir à palestra de Michel Couto, que é um grande exemplo e uma grande inspiração para encontrarmos caminhos possíveis, mesmo que improváveis. Foi um contato muito emocionante, e espero que seja o primeiro de muitos que a vida nos proporcionará. Além disso, tive a alegria de conhecer e conversar com muitas outras pessoas, e os diálogos sobre Jogos com Daniel Martins foram intensamente profundos.


Último dia hora de ir encerrando a Hacktown 2024!

Momento de se deliciar com o workshop ministrado pela grande irmã e parceira Daisy Klein e facilitado também pelo Márcio Reiff. Hora de passearmos pelos IDGS – Indíces de Desenvolvimento Interno, pelo Ser, Pensar, Relacionar, Colaborar e Agir.

Para fechar com chave de ouro esse grande e lindo evento, tivemos o retorno da VIDRINER, com o Jogo da Colaboração na órbita da Terra. Esse momento foi verdadeiramente marcante e trouxe uma nova dinâmica ao evento. O Jogo da Colaboração proporcionou uma oportunidade única para coletarmos diversas ideias e inspirações, permitindo que explorássemos como construir negócios de valor a partir da inteligência coletiva.

Durante essa atividade, os participantes se envolveram ativamente em um ambiente colaborativo, onde foram estimulados a compartilhar conhecimentos, experiências e visões. A troca de ideias foi rica e criativa, refletindo a capacidade do grupo de gerar soluções inovadoras e sustentáveis. O Jogo da Colaboração não só encerrou o meu evento de forma brilhante, mas também destacou a importância da cooperação e da inteligência coletiva na construção de futuros negócios e projetos.

A cada órbita, uma nova engrenagem. Um ambiente lúdico e imersivo para quem deseja experimentar a potência de fazer junto!

Em breve você terá acesso a construção da Inteligência coletiva, quem sabe você não será o próximo a colocar a engrenagem de negócios de valor para rodar. Aproveito para deixar um convite para conhecer também a comunidade da Plataforma Caleidoscópio. Afinal se você chegou até aqui é porque essas temáticas lhe interessam e lá é um belo ambiente de nutrição de futuros desejáveis.

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